quarta-feira, março 03, 2010

TREVO (ENTRELAÇADO AO PROFANO PROCURO FLORES NAS PAISAGENS)

Em qualquer tempo os passos me conduzem ao cu dos frenesis desordenados, aos esquecimentos tramados na ausência secular da consolação, às imagens desequilibradas, invasoras das maneiras de os sonhos esperançarem-se.
De repente grito. Agora sussurro feito noite obcecada em começar as estrelas do tráfego, em finalizar as vias-sacras do trevo.
Mergulho em multidões, solidões. Quando atinjo os jardins das paisagens busco rosas e begônias nos olhos das mulheres de mãos espalmadas no sexo dos corações, crisântemos e tulipas nos diálogos das águas com as montanhas, as continuidades intemporais dos prazeres-plurais e as lembranças empenhadas na cura dos amores, desamores, carinhos, porradas.

2 comentários:

Revistacidadesol disse...

É ao "cu dos frenesis", mesmo?

Curioso, gostei até mais das imagens (são seus quadros) do que dos poemas, imagens surreais, hipnóticas...

Rogério Pimentel disse...

Revistacidadesol, quadros feitos em guardanapos de papel.