Os pedaços do amor se encontram espalhados nos continentes dos cotidianos, nos prelúdios dos beijos, nos bilhetes escritos com batom, nas cartas lidas diversas vezes. Agrego as lembranças às fábricas dos sentimentos.
Os pedaços do amor se colam às impressões digitais dos carinhos, que se reúnem nas dedicatórias dos livros guardados fora das estantes, nos discos comprados no crediário, referências musicais dos momentos entre o passado e o futuro.
Os pedaços do amor embebem de memórias as tentativas, as possibilidades, os relógios das perdas, as lesões dos remorsos, as solidões ultrapassadas. Com o passar dos tempos ganham da morte individualidades idênticas às vidas dos pensamentos.
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