domingo, agosto 22, 2010

PERIGO (AS DISTÂNCIAS NÃO SE PREENCHEM COM AS...

...ESTRADAS. Quando as raivas se misturam com os desprezos a distância amplia impossibilidades no coração.
Mesmo próximo das armas evito disparar em espaços alheios. Ao ser invadido, o sangue fervilha nos caldeirões os venenos do mundo.
Sento-me distante das mesas de intenções disparatadas. Uso farol alto sob a neblina de mão única e sem tempo para as primaveras.
A distância não se reduz nada do lado de fora dos abraços. Quando os sorrisos se tornam apenas amontoados de bigodes e trêmulos batons nada resta a fazer senão impedir com despedidas os triunfos dos demônios abjetos).

CÍRCULOS (FICO COMENDO CÍRCULOS QUANDO OBSERVO NAS...

...ESTRADAS as paisagens da vida. Mastigo o tempo e os rodopios nas repetências das sensações.
Os círculos atropelam os lances daa vistas com as incapacidades digestivas de recriar no tempo as pedras da vida. As paisagens ardem nos incêndios das destruições.
Fogos nas estradas e a roupa e a nudez se sujam com as fumaçadas das repetições. Fico sorrindo impossibilidades quando mastigo nos círculos as flores úmidas dos desertos das madrugadas).

BAILES (DESCUBRO COREOGRAFIAS NOS PALCOS DAS...

...ESTRADAS onde beijo os lábios das noites, destinos prendedores das minhas mãos às mãos das dançarinas de salões.
Quando as músicas viajam lentas faço confissões ao pé do ouvido nos tempos dos compassos. Sem os pântanos dos dias xumbrego as mulheres dançadeiras.
Os bailes nas estradas me levam de mulher a mulher aos rodopios dos vestidos de chita, renda e fustão que penetram nas coreografias descobertas nas pistas vermelhas das danças).

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