quarta-feira, julho 07, 2010

PAI ETERNO QUE ESTAIS NA ZONA (TENHO AS ROUPAS DA INFÂNCIA DAS...


...HORAS guardadas no Pai eterno que chama de profano a imagem do céu. Assinala nas procissões os prostíbulos da liberdade e as prisões das filhas que se engravidam de noites.
Fito o abstrato da paisagem vermelha riscada no teto como se bebesse a paixão em estado selvagem. Lembro-me dos olhos infantis que desejavam enxergar as imagens dos demônios que ainda incitam Deus.
Nascem, dos momentos em que a vida me repete, outros desejos que me unem às contemplações. Fogem do peito os segredos das chaves trazendo eterna tanta nudez que usam os andores das rezas, passarelas das seduções.

SINTO-ME FELIZ (INVENTO NAS...

...HORAS culpas de níveis superiores àquelas relatadas nos sentimentos dos divãs.
Estou morrendo de culpas. Sinto-me feliz na noite que de tanto minha amiga já não me confunde ou me culpa com paixão.
Estou querendo difundir no deserto o romantismo besta que há no sexo das procuras ilegais.
Morro sem importância. Cultivo as prorrogações com sinceridades. Acredito em um século de respiração me trazendo o oxigênio, indispensável à vida, catalogado nos extermínios incolores, inodoros, insípidos das eternidades.

COROAÇÃO (APROXIMA-SE EM QUIMERAS AS...

...HORAS que me procuram e me arrebatam como se as predestinações fizessem a coroa da minha cabeça chamando os sentimentos de reinos.
Cercam-me as horas e os perigos da solidão que não comemora aniversários por se sentir possível ao tempo da noite.
As horas e os espelhos dos momentos e reflexos andam nos corredores da casa. Seguem os corações voluntário dos espíritos.
O espaço entre o nascimento e a consciência detona os relógios. Anuncia à falta de mundo as horas que se rodeiam de presságios: sombras que ninguém vê nas expressões tatuadas dos devaneios.

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