sexta-feira, julho 09, 2010

LUA CHEIA DO BORDEL (QUANDO OS PASSOS PROCURAM AS...


...FANTASIAS dos silêncios o mundo encontra os movimentos do tempo em um samba de bolero. O tango se inicia avermelhado no coração dos amores.
Os palhaços se embriagam com as alegrias das lantejoulas dos bares, palcos e camarins. Os batons sorriem de amores às transitoriedades. Faço cavernas dos meus desejos.
Experimento o corpo e o coração das prostitutas. Sob a lua cheia do bordel ofereço fumaças aos beijos, estalactites às grutas.
Arrebentam os silêncios as baterias do samba, as guitarras e castanholas do bolero, os tambores do tango).

PÂNTANOS CARNAVALESCOS (CAEM AO CHÃO AS MÁSCARAS DOS PERSONAGENS,...

...FANTASIAS que abrem o epílogo das preocupações sem rimas românticas. Na queda, as imaginações ficam nas agonias dos finais das realidades.
As fantasias, abre-alas dos desfiles que atravessam meu viver contraditório, buscam matar a fome. Deixam nas barbas do destino beijos de purpurinas caducas. Desmoronam os sonhos crucificados nas realizações do tempo.
Ainda tenho estampas de alegrias que viram as noites pelos avessos. Salvam os outros momentos que juram fidelidade às lembranças. Para não me afundar nas fraquezas do chão movimento-me no desmoronamento das construções.
Levo flores aos cemitérios. Adulo os meus túmulos. Reconforto no peito de pedra o coração propenso à falta de vigor da eternidade).

FOME E DOR (CÚMPLICE DA FOME INSTALO NAS PERMANÊNCIAS...

...FANTASIAS e grãos de vitaminas que escorrem ao lado das lágrimas nas ribanceiras da dor.
As instalações, fenômenos e escorregamentos, acontecem no coração dos amores que são distantes como as realidades são das miragens.
Nos vazios das misérias sem perspectivas de reinos a noite reflete um espelho estranho carcomido pela fome, corroído por olhares cegos às lâminas das ferrugens.
Nos banquetes dos rituais os mascarados entornam braços e pernas nas semeaduras das devassidões).

Nenhum comentário: