quarta-feira, julho 21, 2010

DEZEMBRO (EXPERIMENTO AS BOTAS DAS...


...TRISTEZAS que a barba ainda não resolveu.
Choro sabores de melancolias que a Kibon ainda não transformou em sorvete lambido pelas línguas das quentes mecânicas dos cotidianos.
Derreto a alma em solidão com a pontal do punhal.
Furo as fechaduras e jogo as chaves para o alto.
Vôo até me perder no chão sem passos, portas das pegadas dos nadas.
De modo nenhum alcanço os óvnis. Sou mentiroso e poeta quando encontro estrelas que se movem no céu das mãos.
Pretendo uma máquina de escrever misturada ao Microsoft Office Word. Quero colocar letras nos sopros, palavras nas dores.
Insisto em deixar a barba ficar branca e, em Dezembro, retornar ao ventre alienígena de Papai Noel).

HIPNOSE (SÃO SUGESTÕES AS FORTALEZAS DAS PAREDES NAS...

...TRISTEZAS: não me deixam ir às ruas conversar com os desejos urbanos.
Meus pés fazem círculos na sombra do peito. Prometo encanto, fascínio e alegria quando o amor me acordar sem lástimas.
O corpo dança na mente os ritmos dos gestos. Olhos incendeiam os castiçais. Tornam-se as brasas fascinantes das sugestões.
Retiro as mordaças dos pensamentos. Adormeço a soletrar orações).

OFERTÓRIO (O JANTAR ME SERVE FANTASMAS, ESPECTROS DE...

...TRISTEZAS, doses de dúvidas, portas fechadas e abertas, paredes sujas de memórias, dores no coração do desejo, saudades e cartas escritas nas linhas da virilha, mortes repentinas, culpas e perdões, distâncias, insônias progressivas, labirintos invisíveis, pensamentos líricos e torpes, tapas nos ombros e cálices de Coca-Cola).

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