segunda-feira, junho 28, 2010

TRILHA SONORA DAS CARAVELAS (SINTO O INSTANTE EM QUE O SONO VEM ME LEVAR À...


...CÍTARA. Entro nas melodias sem que os olhos estejam abertos diante do lago parecido com rio, oceano e lucidez.
Apago o cigarro no cinzeiro do desconhecimento. Arrasto ao íntimo as perguntas dos místicos navegadores em deleite com a morte.
Os movimentos que executo no tempo do sono nos mergulhos dos músculos das travessias não me conduzem ao cais dos cansaços. Distante me tornam as águas das calmarias lúcidas.
Com fundo musical evidencio a chegada do sono sob os três mastros de velas bastardas).

SOMBRAS DAS ASAS (VÔO NO ESPÍRITO À ALMA DO TOCADOR DE...

...CÍTARA ao compreender a minha participação nas partes do ofício humano.
As nascentes dos mistérios têm sinais nos vôos que cruzam silêncios nas maneiras como olho para a noite estabelecida das prostitutas das claridades.
Os seres celestiais descem ao inferno. Voam com as novas asas das vitrinas. Buscam nos copos de uísque os sinais das chagas perdidas no corpo da esperança humanizada.
Reviro pedras e nuvens quando vôo no sentido das fábulas antiapologéticas. Sinto nas asas as andanças das coxas seminuas das prostitutas vestidas de poesias.
Ando a voar sem destino sobre os balcões derramados nos altares. Pouso nas criaturas possuídas pelas cordas das quimeras noturnas).

PENSÃO (O SOL ADORMECE O ESPÍRITO. DEIXA-ME NO INTERIOR DA...

...CÍTARA tocada nas andanças. O sol, hóspede da noite, é o meu corpo cálido e moreno nos espelhos da pele envolto nas almas dos vulcões, íntimo dos músculos e das incúrias.
Ardem os fogos nos silêncios das madrugadas passageiras. Coloco-me à disposição dos pensamentos das sombras.
Os reflexos do sol instalados na escuridão deixam a noite iluminar as paredes que descansam no leito dos desejos.
Sonho as histórias dos meus livros alojados na imaginação do futuro. Procuro o descanso. Medito sobre os exercícios dos músculos na pensão dos devaneios em formas de amores).

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