MERGULHO NAS ÁGUAS MAGNÉTICAS E ATIVAS DO LAGO. NOS REFLEXOS DOS ESPELHOS ENCONTRO CONSCIÊNCIAS, PROCESSOS MENTAIS, INCONSCIÊNCIAS, SUSTENTAÇÕES EXISTENCIAIS, INTROSPECTIVOS ATRIBUTOS PSÍQUICOS INSEPARÁVEIS DA ALMA. MERGULHO NOS ESPELHOS CALMOS E SILENCIOSOS DO LAGO. NO FUNDO DAS ÁGUAS ENCONTRO BATALHAS EM ERUPÇÕES, CONTRASTES, AMORES E SONHOS NOS ESTILHAÇOS DO INFINITO, DESORDENS, ENSAIOS E RECITAIS, CONTRADIÇÕES...
segunda-feira, junho 14, 2010
O ARQUITETO (AS RUAS FANTASIAM OS DESEJOS COM EMBARCAÇÕES IMENSURÁVEIS...
...TORNANDO a cidade um estaleiro. Os cânticos das águas respingam nos sinos. Anuncia a chegada dos labirintos, das ventanias que trazem as assombrações, trevas envolvidas nas orações dos pecados.
Fecho a boca perecível. Guardo a caneta, o lápis, a régua, o compasso, o transferidor, o oceano transbordado. Penso nas noites seguintes como se os mergulhos nos enigmas, adivinhações, fossem os oráculos preservados nos tetos das praças.
Aportam os letreiros, os táxis, os cinemas, os edifícios, os teatros, as lojas, as pontes, as esquinas anguladas, os bares descompromissados, as pegadas das passeatas.
As mãos das coisas inexplicáveis viram a ampulheta. Retorno aos desejos das arquiteturas).
GRÁVIDA (O NOME DA VIDA FICA GRÁVIDO NOS ASSUNTOS DOS OLHOS, DOS CORPOS...
...TORNANDO a mulher que se ama o eixo das imagens do amor. As pétalas dos segredos desiguais modificam os mistérios que sabem o nome da vida quando converso com as flores na mesa do bar como se a primavera fosse restrita às noites e a gravidez fosse o pólen no ventre do vento.
O nome da vida recolhe sem medo as pétalas espalhadas nas mãos dos reunidos nas noites quando as despedidas se realizam sem as interferências do eterno.
Chove arco-íris sobre as pétalas. Molham-se de claridades os segredos. Encontro a mulher que se ama nas noites de um passeio com os amigos nas adolescências dos primeiros versos e das últimas confissões).
BALCÕES (MOVIMENTAM-SE NOS CÁLICES CONSAGRADOS AS IMAGENS DAS RECORDAÇÕES...
...TORNANDO os balcões das noites o meu corpo furado por estrelas a suportar nos ombros toneladas de esperas.
Fragmentos felizes da vida rodopiam nos cabarés do tempo. As horas dos relógios descerram as despedidas. Aliviam as raízes das permanências.
As sedes preenchem as vastidões das estradas. As estrelas derramam lágrimas agudas nas esperas viscerais dos confrontamentos da vida com a morte.
As vozes dos espíritos noturnos esticam, aprofundam o silêncio morador nas configurações dos pensamentos. Desejam as carnes dos imprevistos, as poesias dos insultos românticos, os beijos sem as interferências divinas e os incêndios tornando cinzas os balcões).








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