quarta-feira, junho 16, 2010

COMUM DE DOIS GÊNEROS (PROLONGO GESTOS NOS GESTOS DA PESSOA DO FUTURO E...


...FAÇO os cálices de sol e lua se desdobrarem na sede dos espíritos dialéticos. Crio a estética da dualidade amputada nos calendários industriais. Ultrapasso a barreira do som até ouvir a voz das paisagens. Sinto as folhas das árvores pousarem no outono.
Não quero deixar que a falta que me faz o mundo preencha a profecia do horóscopo.
Quero ir embora. E no ponto final do coletivo passado e presente são aliciados. Constituem as definições impressas nos dicionários logo depois das palavras e das humanidades).

NASCIMENTO (AS PRESENÇAS DOS VENTOS DEIXAM AS CORTINAS GRÁVIDAS...

...FAÇO a vida repousar nas luzes dos sorrisos nascidos na constatação do presente. Não se faz necessário o refrão da lembrança na música da emoção. Penso o peito da camisa a derramar manchas vermelhas.
Na madrugada vista de perto constato que vermelho é mesmo a cor preferida do sangue. Feridas rodopiam na aquarela da vivência. Transformam sensações em cores, presenças sob a lua em arco-íris.
Nas luzes os sonhos piscam frenéticos feito a iluminação do baile dos nascimentos que acontecem nos momentos em que as janelas se escancaram para o fogo da primeira manifestação do futuro).

NOITES GÊMEAS (OS BRAÇOS BANHAM-SE COM A CHUVA DA NOITE QUANDO...

...FAÇO a morte dos lodos da eternidade com a foice da pureza do último corpo esquecido que retorna à convivência das almas.
Os sonhos acordam as tempestades. Sombras e relâmpagos são as paisagens construídas pelos anjos das tristezas que desconhecem os sentimentos dos sentinelas das clarividências que cantam árias para as reflexões.
Os braços abandonam a chuva. Esquecem das mãos que procuram palavras na força das noites gêmeas, nos momentos em que os esquecimentos ressuscitam as memórias).

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