...NA SOLIDÃO das horas. Permaneço aliado às mudanças do tempo na compreensão do rosto nos corredores do esquife.
O mundo é a caixa da morte quando repete nas ruas dos horários os modelos de cotidianos e altares de sistemas falidos.
Nada é mais certo do que a morte e o mistério da ressurreição. No escuro penso na brevidade dos dias. A vida na contemplação da idade da morte me enterra sem velório).
ANIMAÇÃO (CORTINAS SE ABREM AOS CLARÕES DAS BUSCAS DOS VENTOS...
...NA SOLIDÃO primeira da vida que me permitiu menino brincar com as sombras das borboletas no quintal da casa da infância.
Cortinas me levam aos ventos dos caminhos tatuados no chão da fazenda feita de couro amassado no tempo idêntica às botas que se hospedavam nos passos do meu avô na noite em que ele chegou do bar vestido de viajante do Brasil.
Como pássaro que ao voar antecipava o amadurecimento percebia nos semblantes das asas que cantam a rua ladrilhada com pedrinhas de brilhante para a minha primeira namorada passar.
TRADUÇÃO (ENTRE OS DESEJOS E O CORPO DA NOITE EXISTIU...
...NA SOLIDÃO estendida no tapete das estrelas a tradução que não foi amor nem crime. Foi a plenitude da paisagem íntima do silêncio.
A tradução não se findou no susto repentino das línguas no instante do beijo.
E amanhã ao voltar a contagem regressiva da noite, do adeus desesperado, outras traduções iniciarão a conquista dos desejos nascidos na metafísica dos amantes da paixão.
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