sexta-feira, junho 25, 2010

ALIENÍGENA (O NEÔNIO É A COMPANHIA QUANDO A...


...NOITE termina na cena das utopias. Levo-as no peito do trajeto que me perfura com caminhadas paralelas à iluminação dos postes. Tenho o mundo para pensar como se os pensamentos tivessem importância na hora do amor.
A noite é uma fornalha a clarear flores dos chapéus que devoram estrelas e não morrem mais de romantismos.
Os passos das distâncias dos pensamentos encurtam a vontade que tenho de chegar. Não dissimulo as tristezas que me encontram por acaso onde os astronautas não chegaram).

EXAUSTÃO (A EXAUSTÃO ME PROÍBE DE CONVERSAR À...

...NOITE com o silêncio. Ponho em debandada palavras que avançam nos corredores mal-iluminados da garganta. Acato o resto da solidão pousada na mesa do bar.
Ao lado das prateleiras as bebidas despejadas até as últimas gotas entram nas intimidades das pessoas e dos assuntos que concorrem aos prêmios oferecidos pela HIC - HUMANITARIUM INUTILITY COMPANY.
Os desesperos fazem contatos com as fraquezas. Bebem os nervos das lágrimas feitas com pétalas de espinhos).

LEVITAÇÕES (AS JANELAS SE APROXIMAM DOS PASSOS DA..

...NOITE suada quando sinto, acima do solo, a casa dos espíritos, sentinelas de minha mãe. Recebo dos ventos o encontro com as chaves trituradas nos tetos de aço. Abro entradas, fatos, desejos, livros kardecistas, silêncios fechados no coração.
Levito à noite nas dependências da casa azul. Vejo os travesseiros apoiarem a cabeça guardada no íntimo das tosses do meu pai.
Quero parar nas janelas das entranhas das paisagens. Beber o sangue do momento. Entorpecer os relógios e depois esquecer os nomes das mandalas quando brincar com os últimos fantasmas.

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