segunda-feira, maio 24, 2010

RECITAL DA SOLIDÃO (A ESPERA PROCURA A VOZ NO VIVER SÓ DO POETA)


A voz cria rugas no tempo da espera. Mata a porta, a janela, a passagem secreta. Faz intervenções no coração do poeta.
A voz escala as montanhas. Rastros dos ecos iluminam o retorno. Dentro da voz a espera nascida nos embriões da poesia visita com a estética a nudez do poeta.
A voz que me frequenta estrutura nos reflexos do lago o esquecimento das paixões. Construo falas feito louco em diálogo com a fantasia. Abocanho a chegada dos sonhos ao atravessar a solidão da espera do poeta.

Nenhum comentário: