As portas fecham o casarão do asilo. O coração recebe nuvens nos prenúncios da tempestade. A chuva derrete os silêncios da ermida. A pele se arrepia nos pousos doloridos das melancolias. Um vulto de mulher aparece nas curvas e portas do asilo incendiado.
As cinzas molhadas beijam a fumaça. Fazem orvalhos com as línguas. Sob as montanhas, pedras e poemas o corpo feminino retira os olhos das lágrimas. Confessa aos espelhos as correntezas do amor.
As portas abrem o casarão do asilo. Voam os pássaros em volta da noite. Acalantam as brisas com a luz da loucura.







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