sexta-feira, março 26, 2010

O ENTENDIMENTO E A DENÚNCIA DO TEATRO ENCONTRAM-SE COM A EMOÇÃO NO PRAZER DA INTELIGÊNCIA (ENSAIO I)


A canção da liberdade sacia-me de sonhos capturados na noite suja, nos pensamentos sobre a vida perdida dos vôos em devaneios revolucionários.
A parede cai ao chão. Abre a cortina do palco das paisagens na reportagem sobre a fuga dos limites. Preenche a solidão da aldeia com passos de terra maldita.
O fogo banha de desejos o carvão. A chuva encharca os sapatos. As cinzas das correntes sobrevoam a região dos lados miseráveis das ventanias. Procuram ressurreições na penitenciária lilás das orações.
A 10.000 pés-de-chinelo ofereço navalhas às nuvens. Alcanço visões de papel somadas às alturas da carne.
Penso na máquina do desconsolo do mundaréu dos homens ao fundir o aço do coração ao orvalho do abajur.
Na jornada do prólogo do primeiro ensaio ofereço bafos, berros e pássaros aos marginais, assaltantes, putas, gigolôs, cafetinas, presos, bêbados. Gírias e palavrões que tecem nos pensamentos conceitos sobre as quebradas da liberdade desajustada.

Um comentário:

Cynthia Lopes disse...

E viva Plínio Marcos!
Será porque, não sei, mas vi um montão do Plínio neste teu texto.
gostei muito.
bjs