Utilizo memórias afetivas no ensaio que povoa o meu coração sombreado de velocidade do pássaro buscador de espaço na guerra dos temores.
Ensaio nos reflexos das esquinas vermelhas, vitrinas das sobrevivências dos marginais. Fortalezas e fraquezas se confundem no jogo ambíguo das resistências.
Do lado das possibilidades, as memórias estruturam o que me resta de esperança, de mando. Levam-me às compreensões das angústias. Ao me sentir baleado sob as iniciações nervosas do martírio lembro-me que sou filamento incandescente dos anjos.
Do lado das impossibilidades, as memórias se apodrecem nos aposentos dos perdidos. Carcomem os pedaços do meu coração em fomes estranhas, devastadoras. Sagazes lutam entre si e machucam as noites envoltas em pardos caixotes de maçãs.







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