sexta-feira, janeiro 29, 2010

POLTRONA 17 (A CIDADE DO MEU NASCIMENTO NÃO CICATRIZA A SOLIDÃO)

A viagem alcança a noite. Dilata-se nas pernas da mulher coberta de fantasias e mãos. Olho as estrelas repletas de árvores a iluminar rodoviárias e ancoradouros.
A viagem repete o trajeto do nascimento. Depois das curvas surge o vale abençoado por uma nave espacial que liberta flocos de paz das alturas da noite.
A viagem se prolonga sem começo e fim. Passa o tempo no esconderijo dos riachos das pedrinhas tímidas, nos morros de pedras gigantescas, nos acenos das crianças com lenços de infância e fome.
A viagem ergue passagens nas montanhas, planaltos e planícies. Passo o tempo acordado ao lado das metáforas dos matos cercados de berros, silêncios e vultos.

2 comentários:

wilton disse...

Viajar é preciso... O viver que preciso.

Por entre morros, vales, montanhas e pedregulhos a sua viagem relembra a vida/viagem entre alegrias e dores.

Boa viagem!!!

Rogério Pimentel disse...

Wilton, gosto de viajar na poltrona 3. Abços.