domingo, janeiro 31, 2010

PASSAGEIROS (TORNO O ACASO O CENÁRIO DA SEPARAÇÃO)

Autófagos o chão e a estrada se nutrem em pedaços. Antes das passagens das correntezas do rio sento-me nas pedras que espelham nas vértices das estrelas, no vento da noite, recordações...
Encontro na trilha riscada no solo, sob o luar, as formigas-mineiras. Entre a vegetação rasteira e o pó alumiado atravessam o destino do acaso.
Procuro no tempo das curvas invisíveis as distâncias do rio. Encontro no horizonte a luz acesa de uma casa, os pedaços dos meus amores, fantasias na mente do viajante. Bebo o líquido proveniente das lembranças, fumo o tabaco de Nova Era, rezo a Deus e aos santos, cochilo de cabeça baixa, sonho com a nascente do rio no fundo do lago, apavoro-me com os silêncios, os zumbidos.

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