sexta-feira, setembro 03, 2010

NAVE FUTURISTA (A CIDADE AO ATRAVESSAR-ME NA DOR E NO PRAZER LEVA-ME SOB AS NEBLINAS AO...

...LAGO nascido na cratera do vulcão. Cercado por buritis e latas lodosas de cervejas e refrigerantes espalhadas nos resíduos de antigo mar espero com os pés nas águas as espaçonaves. Degrado nos reflexos molhados os outdoors de néon.
Surgem no asfalto da rodovia perpendicular os faróis das estrelas impregnadas de destinos. A astronave sobrevoa as erosões da paciência. E como não existe mais a espera ardo na sua invisibilidade a falta que sinto das mãos dos vôos quando retiram as âncoras do ar.
As neblinas perfuram com diamantes e cristais as trajetórias construindo nos tijolos as janelas, arrepios do corpo no lago das transparências.
A nave futurista mergulha nos objetivos das partidas. Os ônibus urbanos vistos das águas sobrevoam o infinito. Avisto a cidade e os anúncios publicitários perdidos nos topos dos prédios.
A dor e o prazer mergulham nas transparências no poético incisar de cordas e voar).

O BERRO (BERRARAM O NOME DO ZELADOR DO...

...LAGO no centro do bar. Encaro os olhos de quem me olha na mesa do bar. O silêncio se esquiva do nome na psicofonia em alto-falantes.
A voz existe no berro a triunfar as memórias e as vivências. Quem me olha não execra a continuidade do olhar. Sonda nas mãos a existência do apego.
Quem berra desaparece na noite. O bar edifica no espírito da solidão alegorias de encontros. Os gritos são submissos aos labirintos, que são inimigos das emoções, que experimentam viagens de idas e voltas às ilhas dos oceanos distantes.
Berraram o nome do zelador do lago na ilusão do amor. Não há beijos dissonantes, abraços desmembrados, esperanças diluídas.
Do bar da ilusão à realidade, indubitável é a passagem da vida, voz e poesia na maioridade do coração).

AS REFERÊNCIAS DAS CAÇADAS (DETRÁS PARA FRENTE AS LUZES VERMELHAS SE ACENDEM NO...

...LAGO. Se mergulho nas diferenças das letras, lâmpadas, cores, faço da fé a força das procuras que são contrastes das referências das lágrimas revolucionárias com os meus negócios das aniquilações tímidas.
Mergulho as mãos nos safaris dos sentimentos.
A vida é intermediária entre a vida e a alma dos mortos ou é a morte intermediária entre a morte e a alma dos vivos?
Detrás para frente o amor me possui ardente na extensão da selva. As feras, ao perceberem as minhas miras, rugem os primeiros pedidos e ferem as minhas mãos).

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