segunda-feira, julho 26, 2010

BALADAS (OFEREÇO POEMAS AO INFERNO QUE, SOB OS LENÇÓIS DOS...


...SONHOS, enfeitiça-me o anjo rebelde: fecha os meus olhos. O portão range e um poema me acorda com sequiosos olhares.
Assisto televisão durante os comerciais da madrugada. Quando desfilam nas estrelas as calcinhas rasgadas na bunda busco barganhas com Satã.
Sinto o meu avô se movimentando nos degraus da escadaria da casa. Tenta me comunicar a eternidade cicatrizada no seu espírito. O sobrenatural me adormece na programação da TV.
A televisão e o sobrenatural me fazem transpirar contínuos suores. Quando enxugo os cabelos a toalha, diabólica, sobrevoa o quarto. Assusta os fardos da minha alma que escreve poemas de três oitavas com rimas iguais).

IGNORÂNCIA (ÀS PEGADAS SUJAS DE LAMA RETORNO MELADO DE...

...SONHOS a pisar nos passos da chuva nos esgotos entupidos da cidade. Constato a falta que sinto das vidas sem umidades que se ausentam nos percursos das miserações dos destinos nos bueiros catastróficos das enchentes.
Tenho o companheirismo dos pensamentos perpétuos, mas não compreendo o amor, a violência, a matematicidade do Espírito Santo, os ritos de iniciações gnoseológicas e outras palavras que me navegam na cabeça quando lanço as âncoras ao deserto.
Sei que a vida é breve, relâmpago solitário sem trovão).

DESCOBERTA (QUERO AS CERTEZAS DAS LOUCURAS DOS BRILHOS NOS...

...SONHOS, orvalhos. Quero engravidar a estrela agreste. As claridades mostram o bonito na residência do peito. Iluminam a vida sobre as vidas como se as transitoriedades dos movimentos morassem nos abrigos dos amores.
A alma da voz do corpo penetra saudades nos últimos diálogos dos beijos. Arrisca-se a alma da voz a virar lágrimas nos frascos das tristezas achadas.
Os sentimentos que trago no peito não se perdem no incógnito.
Quando a noite se aventura e se prolonga nos gestos da descoberta beijo o amor).

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