MERGULHO NAS ÁGUAS MAGNÉTICAS E ATIVAS DO LAGO. NOS REFLEXOS DOS ESPELHOS ENCONTRO CONSCIÊNCIAS, PROCESSOS MENTAIS, INCONSCIÊNCIAS, SUSTENTAÇÕES EXISTENCIAIS, INTROSPECTIVOS ATRIBUTOS PSÍQUICOS INSEPARÁVEIS DA ALMA. MERGULHO NOS ESPELHOS CALMOS E SILENCIOSOS DO LAGO. NO FUNDO DAS ÁGUAS ENCONTRO BATALHAS EM ERUPÇÕES, CONTRASTES, AMORES E SONHOS NOS ESTILHAÇOS DO INFINITO, DESORDENS, ENSAIOS E RECITAIS, CONTRADIÇÕES...
quarta-feira, junho 09, 2010
MINHA ÚLTIMA PROSTITUTA (A ÚLTIMA REFEIÇÃO...
...QUE faço necessita dos passos da fome em trajetórias mundanas nascidas dos anjos interiores, criaturas noturnas afloradas no corpo do espírito voador.
Nas mãos tenho asas e carnes. No peito as canções e os fogos. Nos sentimentos os poemas sem rimas que me entornam nos balcões das travessias, nos amores impressos em ouro e prata, nas solidões cruas.
Reflito-me no rosário, na cruz dependurada no decote da minha última prostituta).
PATÉTICA (DESAMORES ATRAVESSAM AS MANEIRAS...
...QUE a noite me invade. Transbordam silêncios em palavras na paciência das mulheres que esperam.
Sou, nos horários noturnos, os desamores das mãos das mulheres que acariciam insensíveis as pernas dos homens embriagados de paredes frias que sustentam beijos maltratados nos frios das línguas e que fazem usos de memórias para buscar o impossível calor.
Os desamores querem me levar embora. Recusam as garrafas de cerveja e os copos de sereno. Procuram alcançar com o íntimo dos olhares as permanências infinitas das lágrimas nas chuvas).
PRISMA (O SONHO ME EMBALSAMA EM FARAÓS PERDIDOS NO TEMPO...
...QUE resistem às podridões dos lodos nos labirintos das pirâmides.
O túmulo é o ar sem janelas, o amor sem paixão, a carta sem assuntos, o beijo sem prazeres, a eternidade sem cruzes.
No peito da morte o prisma dispersa, refrata e reflete resistências imbatíveis. Torna-se bálsamo, caleidoscópio, passagem secreta, confessionário, testamento do silêncio.
Não sou calado. Sou poliedro, homem de asas, pássaro de barbas e faço planos para o futuro).








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