As dores estão espalhadas nos resultados positivos dos exames de sangue, nas estradas, nos municípios, nas mulheres que sofrem por perdas irreversíveis do amor, nos poetas que declamam versos, bebem Cuba Libre fazendo dos limões os olhos das portas que se abrem às outras dores.
As dores não se centralizam em almas. Muito menos no bigode do viúvo. Convergem aos comboios das lembranças que se dirigem aos cinco sentidos humanos.
As dores estão no sono maldormido dos funcionários públicos e das empresas privadas às vésperas das demissões, nos desenlaces repentinos dos mistérios sobre a mesa de jantar nas horas das famílias.
As dores impõem ritmos melancólicos na voz dos poetas que despregram ritmos musicais dos seios das madrugadas. O mundo ao redor dos satélites, cometas, foguetes, naves alienígenas, poeiras cósmicas se contorce de angústias. Perto das dores, violão e cuíca, um homem triste faz um samba enquanto ama, bebe e chora.







Um comentário:
olá,
se possível envie os poema até final dessa semana, envie 15 ou 20 e pequena biografia.
preciso fechar a edição,
abraço.
wilson_guanais@hotmail.com
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