O homem de barbas crescidas chamado poeta, retirado à força da sua própria casa em uma manhã nublada de 1969, transportou o violão para longe e foi intimado a apagar do ar a porta dos caminhos da poesia.
Os corpos dos violões proibidos se esfacelaram, tortura, nos estabelecimentos da repressão.
Do poeta barbudo e do violão longínquo, seja exílio ou morte, ninguém soube o paradeiro, ninguém mais os viu.
As vozes, laços das emoções, semearam nos canteiros os rastros levantados dos porões.







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