Troco os passos por outros passos espalhados nos sapatos dos destinos dos mercadores que conduzem os olhos às trajetórias das cegueiras que tiram-me paisagens das estradas que persigo.
Perigos tecem o festim do itinerário. Faço cicatrizes, tatuagens, rezas de proteções contra os revolveres afiados nas esquinas solitárias das marginalidades da divisão da cidade.
Pareço imune aos perigos das ceguidades. Tenho castigos difundidos pelo corpo. Torno-me pedra de abismo, vida desgraçada.
Chego ao parque das paredes desmoronadas. Acompanho as sombras dos casais de namorados projetadas nas grades do asfalto. Sigo as minhas próprias pegadas que deixei na entrada dos fundos da noite.
Metido a malandro despeço-me dos mercadores. Entorno no chão as marcas dos sonhos roubados.
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