Os rostos dos personagens das noites apodrecem nas celas das delegacias. Mendigam paisagens, passagens, liberdades, rejuvenescimentos. Os passos que me levam transitam nos contornos dos sons das sirenes das radiopatrulhas.
As marcas e ossos são convidados do tempo urbano. Os jantares dos lobos embalam os marginais das metrópoles. Acionam os batalhões dos letreiros luminosos que clareiam os portos dos bêbados, pivetes cheiradores de cola, putas desdentadas, bandidos, vagabundos e anjos sem luzes. Os dançarinos das misérias atravessam as avenidas em passeatas de rebeliões.
Os rostos dos personagens das noites estigmatizam as cruzes, relâmpagos, trovões e as lendas dos envelhecimentos.







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