quarta-feira, fevereiro 24, 2010

RELATIVIDADE (LEVO ARGUMENTOS AOS SUBÚRBIOS DO CÉU)


Vestido de coração na ponta da fome noturna encontro os olhares das prostitutas. Arquiteto a permanência nas devassidões das escadarias, corredores e quartos das estrelas.
Parece o circo o lugar da chegada. Parece despedidas nos trapézios o lugar da partida.
As prostitutas parecem anjos dos beijos. Cruzam as pernas nos espelhos das línguas. A fome se alimenta da eternidade das noites carnais.
Parece amor a maneira de amar. Parece loucura amar insônias embriagadas.
Dos olhares encontrados caem no chão dos cigarros os sorrisos, perdidos, que alucinam o tempo dos tangos. Procuro o bandônion da nudez.
Os corações, metáforas das pontes, parecem conduzir prazeres cerebrais dentro dos corpos extensos.

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