quarta-feira, agosto 18, 2010

A FOSSA É MAIS LARGA QUE O FUNDO (OS CABELOS FICAM MOLHADOS COMO OS OLHOS NA...


...MÚSICA e vida das nascentes das águas. Derramo as lágrimas nos cálices azuis da madrugada.
A chuva, castelo dos ventos, encharca os cabelos que crescem na rapidez dos amores e relâmpagos.
Não me procurem nos partidos políticos ou nos comitês eleitorais. Estou no bar.
Ao meu lado, a mulher faz dos vulcões os prazeres, as pontes levadiças dos ventos. Meus cabelos - ouço a voz lilás de Djavan - ficam secos com as ventanias.
Transformadas pelo próximo pôr-do-sol em shampoo da Revlon derramo nos frascos das dores as lágrimas dos perdões).

DESERTO (O DESERTO É DEVASSO QUANDO A...

...MÚSICA se entrega ao ritmo das palavras. Miragens trazem as águas do infinito. Refutam as sedes dependuradas nas porradas e nos oásis que o coração sente.
Proclamo califas solitários que buscam princesas nas putas do ar enquanto estendo a mágica do tapete no colo da angústia.
A música do deserto é rápida e retorna às dunas quando se ausenta das palavras).

ANSIEDADE (PARA A RUA MAIS DISTANTE DA CIDADE CORREM A...

...MÚSICA e os pedaços dos passos. Vão fazer e depois sentir a noite mais solitária de todas.
A rua mais distante da cidade paraleliza os caminhos aos receios.
Ardente ainda aguardo o telefone tocar, a porta se abrir, a carta chegar).

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