Dos dentes rápidos os símbolos da vida vem me fazer companhia na hora do jantar. Anestesio os talheres sobre a toalha presa no pescoço da mesa. Sonorizo recitais de poesias no bar das desiluções.
Peço ao aniversariante da noite o último pedaço de bolo com cobertura açucarada de limão e uma Coca-Cola com gelo e gim. Tampo a boca veloz com as mãos da chegada. Evito o transbordamento do sangue da gengiva.
Faço outros poemas. Escuto Parábens Para Você e os aplausos lavados, cuspidos, cortados. Os carrascos em formas de cáries arrancam o palco do coração. Fico sem cais, próteses nas canções, vago nas palavras.







Um comentário:
Rogério, eu deveria ter tomado um café!"bjs
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