Os refletores embaçam meus olhos. Nas mãos criam-se, do inventário dos loucos, os aplausos insensatos.
No final imprevisto os abraços, elogios e críticas fazem fila na porta escancarada do camarim dos desejos. Tomam no peito o rumo das ruas. Surge o bar na esquina à frente dos espelhos.
Os meus novos jeans se apaixonam por velhos silêncios. As pernas se tornam o ninho, o regaço do amor inesperado.
Dos refletores aos últimos olhares não há melancolias, desalentos, choros. Há vozes na plateia que sussurram, imploram, protestam, rezam, cantam, recitam.
Quando os silêncios flertam com as conjeturas um bêbado sem experiência entorna na harmonia das estrelas discursos intuitivos, proféticos e um beijo azulado.







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