Entrego o cartaz do filme aos personagens que encontro na existência do sonho na sala escura. Carrego câmeras nas mãos da estética do afeto. Escrevo roteiros das histórias da infância da minha mãe.
Preencho o tempo com projetores, telas, paredes repletas de cartazes de ações, aventuras, suspenses. Olho as cenas dos dramas e romances das memórias. Procuro filmes no acervo da vitrina do cinema.
Encontro temas, cenários, diretores, atores, figurantes, sonoplastas, maquiladores, figurinistas, efeitos especiais, emoções, becos e ruas. Os diálogos são escritos nas andanças dos corações, percorredores das projeções, confessionários das sessões.
Quando o filme termina, anos depois, o garçom serve cervejas. Comemoro e bebo, baile, no salão das orquestras, músicas das trilhas sonoras.







2 comentários:
Essa história de escrever roteiros da memória é um grande barato, melhor ainda quando vc embaralha as cartas das palavras e dá esse tom teu, só teu, aos textos que escreves.
bjão
Cynthia, quem sabe viram roteiros de cinema...bjão tão.
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