A janela reflete minha testa nas terras altas da noite que viaja na Serra da Mantiqueira em Minas Gerais.
Das bocas ofegantes gotas de vapor embaçam os vidros, os faróis dos carros. Fazem semeaduras. Criam o rio e as 4 travessias.
O destino da estrada se diverte com os vagalumes, com as sombras traçadas nas árvores e grutas.
Uma mulher escreve sentimentos com o sereno da madrugada. O vento produz rajadas de vácuos, gravidades sonoras.
Nossas mãos se encontram na intimidade dos corpos. Gritos aplacados por sussurros.
A janela reflete estrelas que viajam na floresta, no lago, no prazer.







2 comentários:
Deliciosa prosa Rogério!
bjs
Cynthia, sentiu sabor de quê? bjs
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